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OS NOMES DE D'US
OS NOMES DE D'US

Os nomes de D'us

Os nomes de Deus que aparecem na Bíblia hebraica são os seguintes: YHWH, Elohim, El, Elyon, Adonai, Shaddai.

 

  1. YHWH

O tetragrama (denominado assim porque é composto por quatro consoantes), na tradição hebraica pós-bíblica, é o nome próprio de Deus, traduzido pelos LXX como KYRIOS, “SENHOR”. Nas línguas modernas, traduz-se normalmente como “SENHOR” nas traduções católicas e como “O ETERNO” nas traduções protestantes. 

Desde a época pré-cristã, o tetragrama não é pronunciado por causa da aplicação rigorosa do segundo mandamento, e é substituído na leitura por Adonai. Para indicar esta leitura, após as consoantes YHWH foram colocadas as vogais de Adonai, o que, por ignorância de tal substituição, deu origem, no Período do Renascimento, à pronuncia infundada de Jehowa, de onde surgiu o nome “Jeová”.  Os escribas judeus também usavam e usam colocar o nome Adonai sobre o Tetragrama, para que o oficiante que for chamado a realizar a leitura da Torah  nos Shabbatot nas sinagogas lembrem para não pronunciar o nome sagrado, conforme figura abaixo.  YHWH  

A leitura substitutiva de Adonai, fora do culto, é substituída, por sua vez, pelo termo há-Shem, “o Nome”. Nos livros de oração, o tetragrama é geralmente indicado por dois yod (‘ ‘) ou pela consoante He seguida do apóstrofo (h’).  Temos somente algumas transcrições daquela que deve ter sido a pronuncia original, feita pelos Pais da Igreja.

Nas escrituras hebraicas, YHWH foi a denominação divina mais freqüente (aparece 5372 vezes e só não se encontra no Cântico dos cânticos, Ester e Eclesiastes). No Pentateuco = Torah, caracteriza a tradição javista, J, e ocorre frequentemente na tradição eloista, E, depois da revelação da sarça ardente (Ex 3:13-16), como também na tradição sacerdotal, P, depois da revelação análoga de Ex 6:2-3. Na tradição deuteronomista, D, não há uma revelação do nome, o qual aparece com muita freqüência como alternativa ao nome Elohim. Contam-se também 26 ocorrências da forma abreviada Yah. Do ponto de vista lingüístico, YHWH foi, em sua origem, a terceira pessoa do singular, masculino, do tempo imperfeito do verbo hyh-hwh, “ser” na forma Qal, isto é, na forma normal, com o significado de “ele existe”, “ele está”; ou então na forma Hifil, isto é, na forma causativa, com o significado de “ele faz existir”. Mas é preciso ter presente o contexto de Ex 3, no qual a revelação do nome foi feita em uma declaração em primeira pessoa, “ehyé asher ehyé”, que pode ser traduzido como “ eu sou/era/serei aquilo que sou/era/serei”. Desta declaração faz-se derivar o nome que na boca de Deus está na primeira pessoa, mas que na boca de Moisés aparece sempre na terceira pessoa. 

 ְוהוּא ִיְהֶיה ְוהוּא הֶֹוה        ְוהוּא ָהָיה V'hu hayah   v'hu hoveh    v'hu yih'yeh

    Aquele que Era,      Aquele que É,      Aquele que Há de vir

O nome hwhy YHWH seria um desenvolvimento lingüístico do verbo awh hava’ ou  hwh havah (ser, tornar-se, existir, acontecer) conjugado no passado, presente e futuro, como mostra o texto acima. Desenvolvimento este que usou a desinência da conjugação do verbo hwh havah, ou seja, Yah na forma passado, Hoveh na forma presente, Yihyeh na forma futura, que traduzindo para a língua portuguesa seria: “Aquele que Era, que É, que Será / há de vir” conforme mostra o autor do livro do Apocalipse:

 

Apocalipse 1:4  João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte Daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono

 

Apocalipse 1:8  Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.

 

Apocalipse 4:8  E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.

 

Naturalmente, por faltar no pensamento bíblico uma filosofia do ser propriamente dita, o sentido mais provável é o de “estar”: o Deus que está conosco. Menos provável é o sentido causal, que exigiria algumas correções. 

 

No antigo Oriente Próximo semítico, formas como Yah ou Yahu são freqüentes em nomes próprios, como é o caso de Yahushua (Josué) ou Yeshayahu (Isaiais), Eliyahu (Elias), Yirmeyahu (Jeremiais), Zakaryahu (Zacarias), Yahudah (Judá ou Judas),

Yahushalaym (Jerusalém), Yahudim (Judeus), Berekiyahu (Berequias), Nechermiyahu (Neemias), Matatiyahu (Mateus), etc... São centenas os casos onde o bigrama ou o trigrama aparecem em nome de israelitas ou judeus da antiguidade, estes nomes são nomes teofóricos. Este costume de colocar o nome próprio de Deus no nome dos israelitas surgiu a partir da benção Aarônica conforme texto abaixo: Números 6: 22  Disse  YAHUÉH a Moisés: 23  Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel e dir-lhes-eis: 24  YAHUÉH te abençoe e te guarde; 25  YAHUÉH faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; 26  YAHUÉH sobre ti levante o rosto e te dê a paz. 27  Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.

Este costume de colocar o nome de Deus no nome dos filhos de Israel surgiu com o costume de abençoar os israelitas colocando sobre eles as mãos em forma de quatro letras que simbolizavam as quatro letras do nome sagrado recitando a benção Aaraônica.

A partir daí seguiu-se o costume de colocar literalmente as letras do nome de Deus no nome dos filhos, esta pratica surgiu para garantir a proteção divina de Deus à pessoa que portasse seu nome, nesta época podemos observar que não existia o costume de ocultar o nome e também o costume de proibir pronunciar o nome. Portanto tal costume de ocultar o nome de Deus não é bíblico.  Pela evolução da história e cronologia bíblica podemos datar este costume de ocultar o nome de Deus surgindo já no tempo do profeta Jeremias:

Jeremias 23: 26  Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração? 27  Os quais cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro, assim como seus pais se esqueceram do meu nome, por causa de Baal.

Somente nos livros históricos e proféticos (e mais oito vezes nos Salmos), com um total de 268 ocorrências, o Tetragrama aparece na expressão YHWH TZEVAOT (na vulgata Dominus Sabaot), “Deus dos exércitos”. Em sua origem, estes exércitos provavelmente indicavam regimentos de divindades menores. Explica-se assim a ausência da expressão no Pentateuco e nos livros sapienciais, caracterizados mais fortemente pela idéia monoteísta.  

 

2.  ELOHIM, EL

Elohim é o segundo nome divino mais citado nas escrituras hebraicas, aparece 2523 vezes, faltando apenas nos livros de Abdias, Cântico dos cânticos, Ester e lamentações. Na tradução da Septuaginta, ou seja, dos Setenta LXX, geralmente é traduzido como THEOS, e nas línguas modernas, como DEUS. No Pentateuco caracteriza a tradição eloísta, E.

Do ponto de vista lingüístico, pode ser uma forma de plural majestático, ou de plural de magnitude, ou ainda de plural do nome divino EL, indicando um conceito abstrato.  Este último nome EL, que provavelmente deriva de uma raiz WL, com o significado de preeminência, ocorre 230 vezes em toda a Bíblia hebraica; é um dos nomes divinos mais comuns do antigo Oriente semítico. 

De acordo com outra hipótese, Elohim derivaria da ‘lh, que não está ligada à raiz de El, e, portanto indicaria o temor sagrado e o objeto deste temor. Do ponto de vista semântico é usado:

  1. como oposição ou predicado do nome próprio YHWH, para indicar sua qualidade de verdadeiro Deus ( Dt 4:35: YHWH hu’ há-Elohim, “YHWH é o verdadeiro Deus”)
  2. como complementos de especificação, para indicar pertinência de Deus: o Deus

(Elohé) de Abraão, de Isaac e de Jacó; o Deus da verdade e da justiça...;

  1. com valor efetivo de plural, para indicar os falsos deuses: “os deuses (Elohé) do Egito”; “os deuses de prata e ouro”...
  2. como juiz divino na tradição rabínica do talmude.

Benéi há Elohim, “filhos de Deus”, são os anjos, e provavelmente em sua origem, as divindades do panteão semítico ou até cananeu.

Eloah é uma forma tardia e rara, ligada a El e Elohim; ocorre 49 vezes nos livros poéticos e proféticos, mas somente oito vezes nos textos narrativos.

São inúmeros os nomes “teofóricos” compostos com o prefixo ou com o sufixo EL, como por exemplo Natana’ El, dado por Deus, El’ azar, Deus ajudou.  N atradição rabínica YHWH É O NOME DE Deus enquanto misericordioso, e Elohim é o nome enquanto juiz severo.

 

3.  ELYON

Elyon é por vezes precedido por YHWH, por Elohim ou, mais raramente, por El, como também sozinho, num total de 31 vezes. Trata-se de um termo de origem cananéia, com significado de ‘elevado”, “altíssimo”, podendo ser um nome divino ou um atributo, como é o caso da expressão El Elyon, com a intenção de afirmar a superioridade de El sobre todos os outros deuses. Em Gn 14:17-20, El Elion é o Deus de Melquisedec.

 

4.    ADONAI

Este nome divino (que ocorre 131 vezes nas Escrituras hebraicas, 97 das quais em textos proféticos ou poéticos) gramaticalmente é um plural majestático do termo semítico adon, “senhor”, com sufixo pronominal de 1ª pessoa, no plural: “os meus senhores”. O termo adon, de uso comum também em hebraico para indicar relações humanas, deve ter sido atribuído a Deus primeiramente como simples indicador do seu relacionamento com os homens (Dt

10,17: adon há-adonim, “senhor dos senhores”; cf. o nome da divindade da vegetação, Adon) ou com a criação (Sl 97,5: adon kol há-arez, “senhor de toda a terra”), da mesma forma como era atribuído a um rei, a um profeta o a qualquer outra personagem de destaque quando se pretendia evidenciar o seu papel na sociedade. Mais tarde, a forma plural com sufixo pessoal sedimentou-se no uso comum de tal forma que se tornou de fato um outro nome para Deus (como Senhor, em português).

Este nome divino é substituído na leitura e pelo Tetragrama, na vocalização, com a consequente tradução de “Senhor” para ambos os termos nas traduções.

 

5.  SHADDAI

Este nome (sozinho) ou epíteto divino (em fórmula combinada: El Shadday) ocorre 48 vezes nas Escrituras hebraicas, das quais 31 em Jó, nove no Pentateuco e somente oito nos demais livros. Sua etimologia não é clara:

  1. pode derivar do acádio shadu, “rocha”, “montanha” (“Deus da(s) montanha(s)”);
  2. pode derivar do acádio shedu, “demônio”; por razões de fonética histórica, esta etimologia é pouco provável;
  3. os exegetas medievais Rashi (séc. XI) e Maimônides (séc. XII) explicaram midraxicamente o termo, desdobrando-o em she-day, “(aquele) que é suficiente (a si mesmo)”.

Estudos recentes voltaram a ligar o epíteto ao acádio shadu, “montanha”, mas não no sentido estrito do termo, e sim na acepção de “seios”, “mamas” (em hebraico, shaddayim; cf. Gn 49,25: “por El Shaddai [...] bênçãos das mamas e dos seios”); portanto, não o “Deus da montanha” mas o “Deus da abundância”, como pode observar também em diversas outras passagens do Gênesis (17,2; 27,1s. 35,11; 49,25), nos quais a denominação El Shadday está ligada a formulações augurais de fecundidade. Nas nossas Bíblias tradicionalmente traduz-se como o “Todo-poderoso”, mas com pouco fundamento; esta tradução segue os LXX, que pressupõem uma raiz shdd, “devastar”, como ação de um ser forte.

 

 

APELO PARA O NOME DE DEUS

Pedimos aos estudantes e pesquisadores bíblicos que quando forem ler o termo YHWH, ou seja, YAHWÉH, que é ofensivo aos judeus, que consideram o nome impronunciável que, substituam a pronuncia do nome YAHWÉH do tetragrama sagrado.

No caso em que se deva pronunciar o nome de Deus, aconselhamos a substituição do tetragrama pela palavra “ADONAI” ou “HASHEM”, como já foi feito pela tradução grega dos Setenta LXX, pela tradução latina da Vulgata de Jerônimo, e como o faz qualquer tradução atualizada da Bíblia que usam a palavra “SENHOR”.

YHWH (yod, he, waw, he) são consoantes que indicam o nome do Deus de Israel e Judá no texto bíblico hebraico.

A longa tradição hebraica ensina que o nome de Deus assim indicado era pronunciado somente pelo Sumo Sacerdote no Santo dos Santos o lugar Santíssimo do Templo em Jerusalém, apenas uma vez por ano por ocasião do Yom Kippur o dia da expiação.

O fato de a tradução grega dos Setenta LXX, cujas partes mais antigas, no caso aqui a Torah em hebraico ou Pentateuco em grego, podem remontar ao ano 200 a. C., traduzir o tetragrama com a palavra grega KYRIOS demonstra que já naquela época  este nome, quando aparecia no texto bíblico, era evitado a sua pronuncia sendo substituído pela palavra ADONAI, SENHOR.

Tal uso foi mantido sem interrupção, como se pode observar também na tradução latina de Jerônimo, a vulgata latina, que traduz o tetragrama com a palavra latina DOMINUS, bem como na leitura hebraica em uso até os dias de hoje.

 

 

 O NOME DO DEUS DE ISRAEL

 

No antigo testamento, a divindade de Israel é designada de varias maneiras diferentes.

Algumas dessas maneiras são claramente metafóricas: “rocha”, “pastor”, “pai” ou “rei”, mas só nos interessamos aqui pelas formas literais. A mais comum é a palavra Elohim, o plural da palavra semita antiga para divindade, El. Em alguns contextos, é óbvio que se espera que a forma plural seja compreendida apenas como “deuses”, e não como referencia à divindade de Israel; em alguns outros contextos, o sentido é ambíguo. Afora esses casos, a intenção é que ela seja entendida como singular, mesmo se acompanhada de pronomes e verbos no plural (por exemplo, Gênesis 1:26 : ‘façamos o homem à nossa imagem...”). Essa peculiaridade, ler o plural Elohim como singular, pode ser explicada como um caso de plural majestático, um artifício de ênfase ou de ampliação usado tradicionalmente por reis e rainhas para se referirem a si mesmos (e, em nossos dias, por não poucos políticos e autoridades). O uso bíblico também pode ter sido influenciado pelo conceito de uma corte ou conselho celestial que assiste o regime divino (ver, por exemplo 1Reis 22:19-22).

 

Na verdade, Elohim e El “Deus” são atributos ou títulos, e não nomes; indicam o papel ou posição da divindade, e não sua identidade. A única coisa que torna a palavra “Deus” ou “El”, ‘Elohim” especial é o “D” maiúsculo; mesmo assim, muita coisa depende do quadro religioso de referencia em que a palavra está presente ou de quem a usa.

 

Há, no entanto, uma palavra na Bíblia Hebraica sem nenhuma ambigüidade, por ser o nome pessoal da divindade de Israel. Trata-se da palavra grafada aqui “YAHWÉH”. 

 

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